ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 29-6-2009.
Aos vinte e nove dias do mês de junho do ano de dois
mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezesseis horas e cinquenta e sete
minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell,
Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Cirilo Faé, DJ Cassiá,
Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, Fernanda
Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste,
Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Ruben
Berta, Paulo Marques, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni
Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Elias Vidal
e Marcello Chiodo. A seguir, o Senhor Presidente convidou para o painel
“Sistemas de Governo”, integrante do ciclo de debates “Reforma Política – Governabilidade
e Controle”, a ser realizado às dezenove horas de hoje, neste Plenário, e para
Audiência Pública destinada a debater a regularização da Vila Hipódromo-Taquari,
a ser realizada às dezenove horas de amanhã, na sede da Associação de Moradores
da Vila Hipódromo-Taquari. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de
Resolução nº 020/09. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os Vereadores
João Antonio Dib e Dr. Thiago Duarte. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição,
pronunciou-se o Vereador Carlos Todeschini. Em continuidade, o Senhor
Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Valdir Caetano, ex-Vereador
deste Legislativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os Vereadores Paulo
Marques, Maria Celeste, Waldir Canal e Alceu Brasinha. Ainda, o Senhor
Presidente registrou o transcurso, hoje, do Dia da Telefonista. Às dezessete
horas e quarenta e quatro minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo Vereador Sebastião Melo e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro.
Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Havendo quórum, estão abertos os trabalhos da 7ª Sessão Extraordinária.
Primeiro,
convido os Srs. Vereadores e todos os que tiverem interesse para o 3º Ciclo de
Debates sobre a Reforma Política, a se realizar hoje à noite, aqui na Casa.
Em
segundo lugar, quero dizer que, amanhã, às 19h, entre várias atividades que a
Casa tem, haverá uma Audiência Pública com o objetivo de debater a
regularização da Vila Hipódromo-Taquari - Vila Hípica, lá no bairro Cristal, na
Rua Coronel Claudino, nº 10. Aos Vereadores que quiserem participar, peço que
agendem.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 2784/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 020/09, de autoria da Mesa Diretora, que
altera dispositivos da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento
da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre
o turno de funcionamento da CEFOR e da CECE; o prazo para a apreciação dos
pareceres no âmbito das Comissões Permanentes; a comunicação à CCJ dos Pedidos
de Informação não atendidos; o prazo de apresentação de substitutivos a
projetos em regime de urgência; o tempo de verificação de “quorum” para
ingresso na Ordem do Dia; o funcionamento do Período de Comunicações; especialmente
nas sessões das quintas-feiras; renovação de parte de processo de votação
mediante requerimento de vereador; justificação de falta em plenário em caso de
convocação, notificação ou citação de comparecimento pelos poderes enumerados;
e a apresentação de relatório na prestação de contas de diárias em caso de
representação ou missão externas. Com Emendas nos 01 a 05.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do
Projeto e das Emendas nos 01, 03, 04 e 05 e pela rejeição da Emenda
nº 02.
Observação:
- discussão geral nos
termos do art. 126 do Regimento da CMPA.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em discussão o PR nº 020/09, de autoria da Mesa Diretora, que faz modificações
no Regimento Interno. (Pausa.) Não há quem queira discutir.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, há poucos minutos eu disse que há 38 anos, três meses e seis dias
eu ocupava pela primeira vez a tribuna desta Casa, e dizia claramente que eu
vinha para servir e não para ser servido. E assim foi toda a minha vida
pública: procurei servir e não ser servido. Acho até que consegui muitas coisas
em razão das necessidades da Cidade e da vontade dos servidores municipais.
Porém,
há algumas coisas que li, e estou profundamente triste, Sr. Presidente, mas
muito triste mesmo, porque, ao longo de todo esse tempo, eu sempre vi respeito
entre Executivo e Legislativo. Eu não vi o Legislativo desrespeitar o Prefeito,
e nem o Prefeito desrespeitar o Legislativo. Eu, sobretudo, tive sempre muito
cuidado em ser atencioso, atento, respeitoso, para ser respeitado; eu nunca fui
prepotente, eu nunca fui autoritário, mas exerci a autoridade na sua plenitude
- é diferente ser autoritário de ser autoridade; nunca perdi a serenidade,
nunca deixei de assumir a responsabilidade - responsabilidade se assume, não se
transfere, o que não quer dizer que eu não divida a minha responsabilidade com
aquelas pessoas que estão no meu entorno, mas a responsabilidade continua sendo
minha. Nunca deixei de responder a uma solicitação de um Vereador, nunca; e fui
Prefeito, fui Secretário seis vezes; eu respondia por telefone.
Agora,
eu mandei três ofícios para Secretários diferentes, com o mesmo texto, e não
obtive resposta - parece que algumas coisas o Prefeito não entende. Tenho aqui
uma frase, de Joseph Joubert, que vou ler: “A política é a arte de conhecer e
conduzir a multidão ou a pluralidade. A vantagem dessa arte é conduzir a
multidão, não para onde esta quer, nem para onde nós queremos, mas exatamente
para onde ela deve ir”.
Nós
tivemos aqui um caso muito sério: a Câmara foi atacada, foi vilipendiada por
causa do Pontal do Estaleiro, e S. Exª, o Sr. Prefeito Municipal, vetou. Vetou
e apresentou um Projeto propondo que se fizesse um referendo. Depois se deu
conta da inviabilidade do referendo - e vamos dizer claramente: a Emenda
apresentada aqui pela Liderança do Governo foi feita pelo Governo. Esse era um
assunto importante, em que deveríamos conduzir a multidão para onde ela precisa
ser conduzida. O Prefeito não fez isso; ele, tranquilamente, vetou o Projeto
que 19 Vereadores - eu não fui um deles - assinaram, e mandou o referendo, e,
depois, ele substituiu por consulta popular. Agora, um Vereador assina um
Projeto de Lei que, se fosse conduzida a multidão para onde ela deve ir, ou se
nós seguíssemos a multidão para onde ela deve ir e para onde ela quer ir,
quereria o silêncio. E o Prefeito não teve a sensibilidade necessária para
fazer valer a sua autoridade. Ele deveria vetar, ou deveria sancionar, mas
nunca mandar para o Presidente da Câmara promulgar; porque, mais uma vez,
coloca a Câmara numa posição ingrata perante a população.
E
agora eu quero dizer também: mandei três Ofícios, não recebi respostas, e fui
até cobrado por não ter falado na quinta-feira - na reunião, que não foi das
mais benéficas, mais rentáveis para esta Casa, para os servidores, para
ninguém. Eu até defendi que no mês de abril houve uma arrecadação um pouco
abaixo da previsão; mas agora eu acho que o Executivo pode pagar os
Municipários. Hoje eu tenho o relatório até o mês de maio, e vejo que não há
problema nenhum, há recursos sim; a cada mês se arrecadou mais que no mesmo mês
do ano anterior, e temos 248 milhões de reais sobrando. A receita do ICMS, que
me preocupava, no mês de maio aumentou. E tenho toda a convicção que a receita
do ICMS do Estado até o fim do ano vai aumentar muito mais, porque normalmente
ela começa a crescer em junho e julho, mas agora com a redução com do IPI, vai
aumentar muito mais e a Prefeitura vai receber mais. E o Decreto que o Prefeito
editou transcende a Lei. Foi isso que eu disse ao Secretário, e era isso que
eles tinham que ter respondido. Não me responderam, mas o Prefeito entendeu de
silenciar. Silenciaram também quanto ao Decreto que transcende a Lei. E, se
transcende a Lei, nós, Vereadores, podemos e devemos tomar as medidas
necessárias.
Eu
acho que o Prefeito deve pagar os servidores municipais, sim, e logo. Não tem
nada que dividir, porque a receita do Município vai aumentar até o fim do ano,
eu tenho absoluta convicção, ditada pela experiência. Eu peço desculpas, Sr.
Presidente, porque me excedi no tempo, mas havia a necessidade de desabafar, de
dizer um pouco dessa minha contrariedade pela maneira como as coisas estão
sendo conduzidas. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Sebastião Melo; caro Ver. Dib, quero dizer que ecoa forte
a sua palavra de indignação, e pode ter certeza de que subscrevemos a sua
opinião com relação aos municipários.
Venho aqui para falar do que estamos propondo, desde a
semana passada - que provavelmente virá para este Plenário na quarta-feira para
ser votado -, que é a implementação da Frente Parlamentar Antidrogas. É
fundamental que possamos discutir e fazer um diagnóstico da questão da
drogadição em Porto Alegre, a partir da Frente. E que possamos ter a presença,
a colaboração e a participação do conjunto dos Vereadores nesse sentido. Para
que uma frente tenha êxito e avance é fundamental que ela possa ser o mais
heterogênea possível e possa discutir, de forma mais ampliada, a questão da
drogadição, que não se resume só ao crack. Existem as drogas lícitas: o
álcool e o tabaco. O álcool, muitas vezes, envolvido em diversas situações que
vão desde a exploração sexual, passando pelos acidentes de trânsito, passando
pelos homicídios com vítima; o álcool, uma droga lícita.
Há
também as drogas ilícitas, desde as mais modernas até as mais antigas,
inclusive fármacos, como, por exemplo, esse que tivemos a oportunidade de ouvir
falar - é uma das versões que transitam na grande mídia, no que se refere à
morte do artista Michael Jackson - sobre uma droga lícita: a Dolantina, remédio
usado para diminuir a dor, principalmente naquelas pessoas que têm problemas
crônicos de saúde; passando, é claro, pela epidemia do crack que não vai
ficar fora dessa discussão.
A
ideia - e conversávamos sobre isso com a Verª Maria Celeste, com o Ver. Toni
Proença - é que possamos ampliar, de forma bastante grande, essa discussão; que
possamos ir às comunidades e discutir a relação dessas comunidades com o
problema específico da droga nessa comunidade. Por exemplo, uma comunidade em
especial, uma comunidade “xis” que tem o álcool vinculado à exploração sexual,
que possamos discutir essa interface nessa comunidade específica. A partir disso
também, fizemos quatro Emendas ao Orçamento, quatro Emendas que tratam desse
assunto. Uma primeira, com o objetivo de fomentar a prevenção à drogadição, que
passa, Ver. DJ Cassiá, pela cultura popular, que passa pela arte. Uma segunda,
relacionada ao tratamento do dependente químico, de atenção a esse drogadito. E
duas outras Emendas que visam a diminuir a questão da violência vinculada à
droga - trabalho cotidiano, trabalho diário deste Vereador, quando labutava lá
no Instituto Médico Legal. Ações de promoção ao enfrentamento da exploração
sexual e ações de prevenção à questão da violência, todas elas vinculadas às
drogas.
Esperamos
que todos os colegas sejam partícipes desse processo, que possam nos ajudar e
que possamos construir, a partir da Frente e a partir dessas Emendas, um
caminho melhor, um caminho com a participação global, ampla de todos os
Vereadores no sentido de fomentar, também, o combate à drogadição. Um forte
abraço, muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela
oposição.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Melo; nossa Bancada de oposição - o PSOL, o PT -; a nossa
Líder, Verª Maria Celeste; agradeço também à Verª Sofia, por ter-me cedido este
tempo, e também à nossa Bancada, mas nós não poderíamos deixar passar o dia de
hoje sem fazermos uma manifestação em relação aos problemas enfrentados pela
Saúde no Município de Porto Alegre. É o HPS, sim, que está em movimento pela
manutenção dos benefícios da insalubridade dos seus servidores. Mas nós
presenciamos - Verª Sofia, Verª Celeste, que acompanhou comigo - a última
reunião do Conselho Municipal de Saúde, na quinta, dia 25, em que estavam em
análise, em julgamento as contas de 2008. E sabendo, Ver. DJ, que, caso não
fossem aprovadas as contas de 2008, a Prefeitura de Porto Alegre poderia - e
poderá - ir para o Cadin, portanto, tendo prejudicados, talvez, os repasses
para a Saúde.
Falo
isso, aqui, em nome da nossa Bancada, e da oposição, e venho lamentar, de forma
muito profunda, o descaso, o desleixo, o descuido, a falta de planejamento, a
falta de gestão e o descontrole total verificado na Saúde. Eu estou fazendo
isso, porque a Saúde, no ano passado, teve um gasto de quase 700 milhões de
reais; ou um investimento de quase 700 milhões de reais.
Nós
assistimos, lá no Conselho, e a Verª Maria Celeste estava presente, a nossa
Líder, a uma apresentação de contas feita pelo Governo, um Relatório que não
teve mais do que cinco minutos de duração. Imaginem, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, e aqueles que nos assistem, um relatório fajuto, que foi contestado
de cima abaixo pela Comissão Técnica do Conselho Municipal de Saúde, que dá
suporte e apoio, onde os questionamentos foram de ordem geral e específica.
Ouvimos, também, a manifestação do Conselho Regional de Odontologia, do
Sindicato dos Enfermeiros, e ouvimos várias manifestações dos componentes do
Conselho, e todos na direção de contestar de modo veemente a política e a
gestão na Saúde por parte do Secretário, por parte dos responsáveis. Isso é
lamentável! Eu esperava ouvir e ver outra coisa.
O
Relatório da Comissão Técnica do Conselho foi contundente, e apontou, de
maneira precisa, de maneira técnica, as falhas, os problemas, e que eles se dão
de natureza de cumprimento de programas e de cumprimento orçamentário. Isso
demonstra, de um lado, a falta de programas, ou a falha de programas, e o pouco
empenho do gestor em realizar aquilo que é compromissado perante a Cidade,
através da Câmara de Vereadores, que é a Lei Orçamentária.
Isso é lamentável, porque
a Saúde está faltando. Nós ouvimos coisas, como, por exemplo, o atraso e o
retrocesso na questão da saúde odontológica, da saúde das mulheres, da saúde
mental e muitas outras questões que são maltratadas, mal planejadas, mal
geridas e sem controle.
Mas o mais surpreendente, Ver. Melo, veja só - V.
Exª, que tem um papel importante na Cidade -, o Relatório do Governo não teve
nem um voto do próprio Governo, isso é que nos espantou de forma mais
impressionante. O Relatório foi rejeitado por 22 votos, com 04 abstenções. E o
Governo, eu não sei exatamente quantos votos tem, mas eu creio que deva ter, no
mínimo, um terço, sequer teve convicção de sustentar os seus atos, de sustentar
o seu Relatório, e sequer um voto da Secretaria teve, e o que dirá, ademais, do
restante do Governo!
Então, eu venho aqui para fazer este registro,
porque esse foi o fato, eu creio, impressionante da semana, e não só aquilo do
que a gente ouve falar, das grandes notícias da Seleção Brasileira, ou da
trágica morte de Michael Jackson. A Saúde de Porto Alegre continua indo muito
mal. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a presença do
Vereador Valdir Caetano aqui no plenário, o que nos honra muito. Bem-vindo a
nossa Casa e sua Casa também.
O Ver. Paulo Marques está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULO
MARQUES: Sr. Presidente, antes de mais nada, agradeço
ao Líder da minha Bancada, Ver. Haroldo de Souza, por ter me cedido o tempo de
Liderança. Ao saudar o Presidente da Mesa, saúdo todos os Vereadores presentes
no Plenário. Subimos a esta tribuna para registrar, nesta Casa, o trabalho que
vem sendo desenvolvido pelo Departamento de Esgotos Pluviais -
DEP. Há quatro anos, iniciou-se um trabalho no sentido de resgatar toda a parte
de drenagem urbana de Porto Alegre. Nesse momento, das 18 bombas existentes em
nossa Cidade, duas estavam desativadas, sendo que as 16 restantes estavam com
40% da capacidade comprometida, colocando o sistema de proteção contra as
cheias em colapso pela falta de manutenção adequada. Os arroios da Cidade não
recebiam dragagem há algum tempo, o arroio Dilúvio tinha sido dragado pela
última vez em 2001. Estava claro que a dificuldade de alocar recursos para o
DEP deixou o órgão em situação de vulnerabilidade no que diz respeito aos
serviços de drenagem, colocando a população à mercê da sorte nos períodos de
chuva. Com a mudança de Governo, surge uma nova forma de encaminhar esse
problema, pois enterrar canos, recursos, trabalhos e não fabricar obras que
tenham visibilidade diária, permitindo o velho faturamento político, nunca foi
fácil para as velhas administrações públicas.
Inicia, então, um trabalho que priorizou a recuperação
das casas de bombas; em seguida, a dragagem dos arroios, pela qual o arroio
Dilúvio passa a ter uma dragagem permanente, possibilitando que a Cidade passe
a suportar mais que o dobro da capacidade de chuvas, que antes era em torno de
40mm.
Na sequência, o DEP realiza a maior obra de
drenagem dos últimos 40 anos: o Conduto Forçado Álvaro Chaves, beneficiando
nove bairros. O projeto teve um acompanhamento permanente no que diz respeito à
parte ambiental e arqueológica, se fazendo necessária a alteração do traçado do
Conduto, de modo a preservar um dos maiores patrimônios da Cidade - o túnel
verde da Rua Marquês do Pombal -, mantendo as magníficas tipuanas, espécie de
árvores que faziam parte daquela rua, um espetáculo da natureza em meio à selva
de concreto. Esta obra implantou 15 mil metros de rede pluvial em 34 ruas, com
um investimento da ordem de 59 milhões de reais; desses, 66% foram originados
do BID, com uma contrapartida de 34% da Prefeitura. Além disto, o DEP vem
construindo galerias em todos os bairros, aumentando em 342% a implantação de
redes e em 150% a produção de artefatos na fábrica.
O DEP, em conjunto com a Defesa Civil do Município
e a PROCEMPA, dentro de uma visão de transversalidade estabelecida pela gestão
José Fogaça, lançam um convênio com a MetSul Meteorologia, instalando dez
pluviômetros e cinco estações climatológicas, com vistas ao acompanhamento e
monitoramento dos efeitos climáticos,
o que proporcionará também escrever a história do clima na Capital dos gaúchos.
Atualmente, o DEP lançou o Programa Saneamento para Todos, que busca elencar
obras essenciais à Cidade, levando em consideração os sistemas de micro e
macrodrenagem, Plano Diretor de Drenagem Urbana e o Sistema de Proteção Contra
Inundações, além de obras do Plano de Investimento. É necessário registrar que
o lançamento do estudo do Plano Diretor de Drenagem Urbana tem como objetivo
evitar o aumento de enchentes e o impacto na qualidade de água. Foi assinado
como uma alternativa estratégica, para que possamos trabalhar de forma
ordenada, qualificando os investimentos realizados, o que otimizará os projetos
atuais com a apresentação de novas diretrizes técnicas e ambientais,
possibilitando traçar planos para diferentes regiões do Município. Esse estudo
propiciará aos futuros gestores estabelecer um cronograma de prioridades no que
se refere a este tema de forma planejada e intempestiva. Cabe relembrar que
isto tudo só é possível em função do rígido controle financeiro das contas da
Prefeitura, implantado pelo Prefeito José Fogaça, oportunizando a recuperação
financeira do Município, que apresentava, por três anos consecutivos, uma
situação deficitária, colocando as contas em vermelho e impedindo a capacidade
de investimentos e a busca de parcerias em convênios e financiamentos de
organizações internacionais, como o Socioambiental.
Por
isso tudo, queremos, neste pronunciamento, parabenizar a administração do DEP,
na pessoa do Diretor Ernesto Teixeira, e os seus funcionários, nas pessoas dos
Engenheiros Sérgio Zimermann e Francisco Pinto, que, sem dúvida, na luta do dia
a dia, administram pensando na qualidade de vida da nossa comunidade, mas
sempre mostrando a preocupação em deixar algo para ser usado no futuro. Assim é
que se constrói história; nossos parabéns ao DEP. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Maria Celeste está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARIA CELESTE: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras, Vereadoras, Srs. Vereadores, subo a esta
tribuna, Ver. João Antonio Dib, para fazer um informe do Encontro Municipal do
Partido dos Trabalhadores, realizado no dia de ontem, o qual nos encheu de
alegria e satisfação ao verificarmos a atuação dos militantes do Partido dos
Trabalhadores na cidade de Porto Alegre. Mais de 1.700 participaram deste
encontro, mostrando a vitalidade, a vida pujante do Partido na cidade de Porto
Alegre. Um debate, Ver. João Antonio Dib, extremamente profícuo, um debate em
que pudemos, mesmo com as nossas divergências e diferenças internas, apontar a
cidade de Porto Alegre como o centro da nossa ação e da nossa atuação, enquanto
Partido dos Trabalhadores. Um debate em que a crítica ao OP, reiteradamente
colocada nesta tribuna, foi também manifestada pelos militantes do Partido dos
Trabalhadores, dizendo o quanto o Governo Municipal tem fragilizado e não tem
priorizado, na cidade de Porto Alegre, o Orçamento Participativo. Vimos isso na
Peça do Plano Plurianual, que transforma o OP, que era um programa, em apenas
um projeto dentro da ação do Plano Plurianual.
Verificamos
também um debate extremamente forte, contundente, dos militantes do Partido dos
Trabalhadores. É importante registrar aqui que a militância está atenta, são
homens e mulheres que estão vivenciando, na pele, na cidade de Porto Alegre,
especialmente o aspecto da Saúde, como já tão bem referendou o Ver. Todeschini,
em Tempo de Liderança, pela oposição.
No
aspecto da Saúde, só para reforçar, mais uma vez, o Conselho Municipal de Saúde
rejeita as contas da Secretaria de Saúde, Ver. DJ Cassiá, rejeita o Relatório
da Prestação de Contas de 2008, fato esse que nós devemos também esmiuçar aqui
nesta Casa. Nós estamos encaminhando, enquanto Líder da Bancada do PT e Líder
da oposição nesta Casa, um ofício à Presidência, Ver. Sebastião Melo, exigindo
que a Secretaria da Saúde do Município de Porto Alegre preste contas à Câmara
Municipal dos Relatórios, envolvendo o custo, o gasto, o investimento da Saúde
no ano de 2008, o que não fez em 2008, não fez agora em 2009, não cumprindo o
preceito da Lei Orgânica do Município, mais uma vez, Ver. João Antonio Dib,
assim como o Prefeito não cumpre o Decreto na questão do aumento dos salários
dos municipários. Também a Secretaria da Saúde não cumpre a Lei Orgânica, que
diz que a prestação de contas da Secretaria deve ser apresentada na Câmara
Municipal. Não o fez em 2007, não o fez em 2008 e não o fez em 2009! Mais uma
vez, vamos rasgar a Lei Orgânica do Município. O senhor que, reiteradamente tem
trabalhado para que cumpramos aqui não só o Regimento Interno desta Casa, mas
também os preceitos da Lei Orgânica, pois a Secretaria da Saúde desrespeita a
Câmara Municipal!
Nessa questão, com esse
amplo debate que fizemos ontem, pudemos, sim, verificar o protagonismo do
Partido dos Trabalhadores na Cidade de Porto Alegre. Reiteradas vezes, aqui,
nesta tribuna, ouvimos manifestações de desdém, de descompostura em relação ao
nosso Partido. E a revitalidade do Partido dos Trabalhadores está presente na
Cidade, pois ontem reunimos mais de mil e 700 militantes para discutir temas
tão importantes como este que colocamos aqui. Filiados passaram o domingo
inteiro ali, debatendo as questões da Cidade, debatendo sobre o Executivo
local, a omissão e a ausência do Prefeito Municipal nas políticas públicas do
Município de Porto Alegre. Esse foi o tema que nos encantou no dia de ontem e
nos trouxe uma energia maior para fazermos o enfrentamento, especialmente a
nossa Bancada, que acompanhou esse debate durante todo o período e nos
revitalizou para estarmos aqui fazendo o enfrentamento necessário, mesmo sendo
minoria na Câmara Municipal como representantes em termos de Bancada. É isso
que nos anima e nos faz também buscar a unidade partidária necessária neste
momento em que nos preparamos para o nosso encontro estadual que vai ocorrer em
julho, buscando construir em nome do nosso candidato, e, com certeza, o retorno
ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Por
fim, quero fazer mais um registro sobre a questão da omissão do Prefeito
Municipal. Eu, que vivenciei o final da Reunião liderada por V. Exª, na semana
passada, com a direção do Sindicato dos Municipários, com os Vereadores desta
Casa e com o Secretário Clóvis Magalhães, quero aqui estranhar a postura do
Secretário Clóvis Magalhães em relação a esta Casa, e estranhar a postura do
Prefeito Municipal de Porto Alegre em relação aos municipários. O diálogo, a
vontade de resolver os problemas ainda não apareceu. Lamentavelmente, quero
aqui dizer para o senhor: esta Casa foi desrespeitada, quando um Secretário vem
para uma Reunião decidir uma questão extremamente importante, envolvendo 27 mil
funcionários públicos do Município de Porto Alegre e diz não estar autorizado a
contribuir no debate para avançarmos em relação aos municipários!
Eu
estranho essa posição do Prefeito Municipal, estranho a posição do Secretário
Clóvis Magalhães, mas penso que a Mesa Diretora desta Casa tem que se
manifestar de uma forma mais contundente, porque fomos desrespeitados diante da
Lei Orgânica do Município, que prevê a autonomia dos Poderes, e não sinto que
tenha sido levada em consideração a autonomia da Câmara nessa questão com os
municipários. Portanto, Sr. Presidente, gostaria de encaminhar à Mesa Diretora
que faça uma manifestação junto ao Prefeito, e que, quando um Secretário vier a
esta Casa, que tenha o poder de discutir, dialogar e encaminhar as questões
pertinentes ao tema. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Waldir Canal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. WALDIR CANAL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, subo a esta tribuna para,
neste dia 29 de junho, fazer menção a um dia especial, o Dia dos Pescadores.
Hoje se comemora o Dia do Pescador, data para homenagear esses incansáveis
trabalhadores que passam grande parte do seu tempo junto aos mares e rios,
superando as dificuldades, as tempestades, o frio e a ausência da família.
Quero hoje, aqui neste Plenário, fazer esta homenagem singela aos profissionais
que se dedicam a essa atividade significativa da economia.
Os
pescadores que vivem de sua própria produção são bastante comuns no Brasil; no
entanto, a subsistência desses trabalhadores pode estar ameaçada pela poluição
das águas e pela pesca predatória por pessoas que, sem licença e sem
consciência ambiental, pescam quantidades superiores à permitida.
A
atividade pesqueira gera emprego, renda, divertimento e alimentação saudável
para o povo brasileiro. Temos, por exemplo, a Colônia de Pescadores Z-5, que
gera emprego e renda para aproximadamente 600 famílias, e também possuem
projetos que visam à manutenção de espécies de peixes. Cito a Colônia Z-5, mas
todas as colônias espalhadas pelo Estado do Rio Grande do Sul fazem o mesmo
trabalho no sentido de amparar e orientar os seus pescadores; não só
pescadores, mas aqueles que buscam ali, na colônia de pescadores, uma
orientação, uma aprendizagem com respeito à pesca.
Todos
já ouviram falar que pescador é bom para contar histórias, não é mesmo? Mas o
bom pescador é principalmente aquele que conhece o segredo dos mares e dos
rios, sabe observar as fases da lua e tem um cuidado todo especial com a
natureza, porque sabe que a sobrevivência e a procriação dos peixes dependem do
equilíbrio ambiental. Para manter esse equilíbrio e preservar as diversas
espécies de peixes, existem leis que regulamentam a forma de pesca e
principalmente a época certa para pescar. Por exemplo, existe a lei que proíbe
a pesca durante a piracema, que é o período de reprodução dos peixes, quando as
fêmeas vão para as margens dos rios desovar. O pescador profissional sabe de
todos os truques para uma boa pescaria: conhece a época de reprodução das
espécies de peixes de sua região, sabe escolher a isca e o anzol certos e
também conhece o local mais adequado para pescaria.
Portanto,
além de cuidar e entender a natureza, o pescador precisa que todos à sua volta
façam o mesmo. Afinal, ele é um dos que sentem na pele como o equilíbrio da
natureza é também o equilíbrio do homem.
O
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, na última sexta-feira, dia 26,
em Itajaí, Santa Catarina, a Lei que cria o Ministério da Pesca e Aquicultura,
em substituição à Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca. Sancionou também
a nova Lei da Pesca, que passa a considerar pescadores e aquicultores como
produtores rurais, com direito a créditos rurais, com acesso a recursos mais
baratos para financiar a produção. O Presidente Lula enumerou as várias
mudanças que vão ocorrer no setor e pediu ao Ministro da Pesca, Altemir
Gregolin, que realize uma ampla campanha de divulgação da nova Lei, orientando
os pescadores e aquicultores sobre os seus direitos. Pescadores e aquicultores
terão financiamento para aquisição de redes e de vários outros materiais de
pesca, além de modernização e reforma de embarcações, o que inclui melhorias
nas condições de manipulação e conservação do pescado a bordo e melhorias nas
condições de saúde e segurança do trabalhador.
Portanto,
é um avanço para o nosso pescador, o pescador brasileiro, espalhado no Brasil
afora, com este novo Ministério, o Ministério da Pesca e Aquicultura. Com
certeza, conseguimos vislumbrar aí uma possibilidade. Sabemos que entra governo
e sai governo e que isso tem que ser olhado com muito carinho. Em outros
países, a produção primária, os pescadores, recebem incentivos importantes dos
seus governos para que dali eles possam trazer o sustento para as suas famílias
e também para a população em geral.
Que
o Brasil, com a criação desse importante Ministério, que não será apenas um
Ministério que vai ficar ali sem função, possa dar uma assistência para os
pescadores. Portanto, pelo transcurso do dia 26 de junho, um dia todo especial,
a nossa homenagem, a homenagem do meu Partido, o PRB, a qual estendo, em nome
de todos os nossos companheiros Vereadores, para os pescadores do nosso Rio
Grande. Muito obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está
muito bem feito o registro.
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores. Quero dizer-lhe, Sr.
Presidente, Sebastião Melo, que grande momento o senhor está vivendo! Um belo
trabalho na Câmara como Presidente, trabalho espetacular, e, mais ainda, com
esta belíssima foto, ao lado do Presidente. (Mostra a foto.) Pode ter certeza
absoluta de que aumenta ainda mais o brilho do momento que o senhor vive. Olhem
que foto maravilhosa junto com o Presidente Lula e o nosso Senador Paim - o
Ver. Sebastião Melo está ali do lado. Fiquei muito orgulhoso, Ver. Sebastião,
porque ali estava o Presidente da Câmara representando os Vereadores aqui. E mais
essa outra foto (Mostra foto). Que momento, Ver. Cirilo! É um momento
espetacular que o Presidente Sebastião Melo passa no Município e no Estado.
Então, falando do Presidente, volto agora a falar
um pouquinho da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, Ver. Sebastião. E V. Exª foi
um dos primeiros com quem fizemos a Audiência Pública lá no Colégio São
Francisco. Eu tenho andado na Baltazar, depois que foi inaugurado o corredor, e
não encontrei mais aquele cidadão que anotava, dizendo onde é que estava
errado, aquele cidadão que dizia que a Baltazar foi feita de sucata, foi feita
de material de terceira qualidade. Eu não vi nem sequer esse senhor, pelo menos
chegar e dar os parabéns à Governadora, porque, definitivamente, a Baltazar foi
concluída, e é uma obra de primeiríssima qualidade.
Mas quando não é o Governo deles, acham que não têm
valor a Baltazar. Essa Baltazar de Oliveira Garcia, que eu passei tantas vezes
aqui nesta tribuna, cobrando da Governadora, eu contava os dias desde que ela
esteve lá, prometeu que não pararia mais, e não parou.
Eu quero fazer este agradecimento à Governadora,
dizendo: Srª Governadora, muito obrigado, em nome dos comerciantes, dos
pequenos empresários, que tanto trabalho passam, quero agradecer pela conclusão
das obras da Baltazar de Oliveira Garcia. E tenho certeza absoluta de que o
comércio agradece também.
E mais ainda, defendendo o pequeno empresário, o
médio, que tanto passa trabalho, hoje, cheguei num posto de gasolina, Ver. DJ
Cassiá, confiante de que estava num posto que não era da rede que
antipatizo e, simplesmente vejo: Carrefour! Olha, meu amigo, eu confesso que
não tive como tirar a gasolina, mas eu acho um absurdo o que esse Carrefour faz
com o pequeno empresário, com o pequeno posto de gasolina, com o pequeno
supermercado. E eu ainda fui lá botar gasolina no Carrefour, gente! Eu conhecia
o posto, conhecia o seu proprietário, na Av. Sertório, Ver. Adeli! E chego
naquele posto ali, olho o panfleto. Eu desci, não acreditei, porque eu sou um
cara que não gosto do Carrefour! E, hoje, eu colaborei com eles! Fiquei muito
chateado, porque eu parei
nesse posto para botar gasolina - no posto Carrefour.
(Aparte
antirregimental do Ver. DJ Cassiá.)
O
SR. ALCEU BRASINHA: Não
tive como tirar, mas não faltou vontade. O Ver. Dib chega e me diz: “Brasinha,
o Atacadão vem aí”. Para minha surpresa vem mais o Atacadão, não chegam os
postos de gasolina, não chegam os supermercados que eles constroem? O que eles
querem fazer aqui em Porto Alegre? Eles querem realmente quebrar o médio e o
pequeno empresário que sofrem tanto nas mãos dos grandes? Eles se metem num
setor em que eles nem deveriam participar, eles estão arrumando problema com o
sindicato, os postos de gasolina estão arrumando sérios problemas com as
pequenas empresas.
Nós
temos aqui uma rede grande de supermercados que colabora com a Cidade, que
trabalha para a Cidade: o grupo Zaffari. Eles, sim, não se metem, não botam
postos de gasolina; eles, simplesmente, cuidam da sua área. Eu quero dar os
parabéns à Companhia Zaffari, porque essas pessoas colaboram muito com a
Cidade.
Também
quero dizer para todo mundo que eu realmente fiquei chateado com o Carrefour,
porque mais um amigo meu perdeu seu posto de gasolina para eles. Então, vou
dizer uma coisa: daqui a pouco não vou mais andar na Cidade por causa dos
postos de gasolina. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Muito obrigado, senhoras e senhores, especialmente os funcionários, cumprimento
a todos e, de forma muito diferenciada, as nossas telefonistas, já que hoje é o
Dia da Telefonista. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h44min.)
*
* * * *